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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

As férias acabaram...
Por Luciana Bertolucci Belliboni*

...E, na volta às aulas, uma cena se repete na entrada das escolas: a criança chorando, agarrada ao pescoço da mãe ou do pai, enquanto a professora tenta convencê-la a entrar. Sofrimento? Nem sempre.

Na verdade, em agosto muitos pequenos estão estreando na vida escolar. E esse começo, tanto para os pais como para os filhos, é repleto de expectativa, ansiedade, alegria e também receio. Nada mais natural e esperado do que uma reação que expresse o medo diante do desconhecido.

Já para quem está voltando aos bancos escolares, existe a vantagem da experiência prévia. Mas mesmo essa turma pode enfrentar um novo período de adaptação. Daí, as mais diversas manifestações de estranhamento dão as caras novamente. Isso porque nem sempre a criançada consegue verbalizar suas sensações e organizar as idéias – e a confusão de sentimentos é o gatilho para toda aquela cena na porta do colégio.

Quanto mais preparado o seu filho estiver, mais fácil será lidar com a situação – uma boa conversa sobre o início das aulas ou o retorno é uma forma de encorajá-lo. Muita calma nessa hora: é essencial que você não demonstre insegurança diante da separação. Claro que, para isso, é importante ter plena confiança nos profissionais que você escolheu. E lembrar-se de que a escola já está preparada para lidar com esse tipo de reação.

Ali, na entrada, com a proximidade do tão temido momento da despedida, evite prolongar a angústia. Diga que ele deve ficar lá, dê um beijo carinhoso e deixe os educadores fazerem o resto. Outra coisa: não minta nunca. Se disser que vai ficar no portão, fique. Se avisar que precisa sair, volte no horário combinado. Por fim, evite chantagens – nada de associar a freqüência às aulas a um presente, por exemplo. Ir para a escola deve ser uma recompensa.

O chilique ainda pode se repetir algumas vezes, principalmente quando a criança notar a presença dos pais. Mas acredite: passa. Não estranhe se, em pouco tempo, seu filho começar a abrir o berreiro na hora de voltar para casa.

* Luciana Bertolucci Belliboni é pedagoga de São Paulo.

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