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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Arte e linguagem

Todas as pessoas possuem emoção estética e é comum que apreciem obras de arte. Mesmo sem possuir formação acadêmica e intelectual estas fazem uma apropriação/julgamento subjetiva dos objetos e manifestações artísticas tendo preferência, demonstrando os motivos da sua preferência ou do seu desagrado.

Há algo em nós que nos faz gostar ou não de um determinado tipo de arte, mas não sabemos explicar com exatidão o motivo do nosso gosto ou a razão pela qual não apreciamos determinado objeto e/ou manifestação artística.

Uma das principais características da arte é a emoção do belo que ela desperta, e essa emoção depende do nosso meio social, da nossa idade, da época e da cultura em que vivemos.

Segundo o professor Lincoln, definir o que é arte e o que não é arte é um trabalho delicado já que muitos autores deram diversos conceitos do que é arte, porém, ela nunca foi satisfatoriamente respondida. De acordo com ele, “diferentes autores apresentam diferentes pontos de vista, não raro discordantes entre si. As diferentes metodologias teóricas de abordagem da arte partem de questionamentos diferentes e chegam também a resultados distintos”. Portanto encontraremos diversos conceitos de arte, e muitos deles serão abrangentes demais e não precisamos nos contrapor a eles, porém temos que ter claro que nenhum desses conceitos tem haver com os conceitos estudados em universidades e em textos teórico sobre o tema já que nesse caso o termo é estreito. Ainda de acordo com Lincoln “considera-se arte um dos principais gêneros da produção cognitiva e material humana, ao lado da ciência, da filosofia e da religião. Arte é também um campo conceitual, uma área geral de estudo. Nela atuam historiadores, teóricos, críticos, museológicos, peritos, curadores e outros pesquisadores, que buscam identificar, descrever e elucidar as questões ligadas ao universo de arte, identificar e descrever os objetos artísticos e historiá-los, identificar, em cada caso, o seu valor e dizer em que consiste”. Daí o trabalho desses estudiosos implica em dizer o que é arte e o que não é arte tendo como fundamento definições da arte, juízo critico e critérios da arte.

A palavra arte vem do latim "ars" e corresponde ao termo grego "techne" (técnica), significando: o que é ordenado ou toda espécie de atividade humana submetida a regras. Numa definição lato, exprime aptidão, desteridade e agilidade. Num significado limitado, instrumento, ofício, ciência. A techné portanto diz respeito ao “saber-fazer”, ou seja, constitui-se enquanto um tipo de conhecimento voltado para a produção de algo que não tem seu princípio em si mesmo, mas antes no agente que o produz.. Por isso, em seu sentido mais geral, arte é um conjunto de regras para dirigir uma atividade humana qualquer.

Para os gregos e os romanos antigos a arte estava associada ao conceito de trabalho produtivo, significa, portanto que para eles arte nesse ponto de vista constitui fundir o trabalho braçal ou manual com aplicação de conhecimento, inteligência e destreza pessoal. Nesse sentido o trabalho de um pintor ou escultor não se diferenciava do trabalho do marceneiro ou de um pedreiro. Para eles obra de arte não eram só pinturas e esculturas, mas também camas, jardins, pontes,mesas, etc. Durante a Idade Média, a produção artística se desenvolveu nas oficinas de fundição,marcenaria e tecelagem, obedecendo à mesma estrutura de quaisquer outras responsáveis pela produção artesanal.Foi no Renascimento, com o desenvolvimento do comercio e a formação dos Estados Nacionais, que a arquitetura, a música, o teatro e a literatura se desenvolveram como nunca e os artistas começar a se tornar independentes das oficinas, passando a ser mantidos pelos reis e por sua corte. Portanto a generalidade do conceito de ars logo fez surgir uma distinção hierárquica dedicada a distinguir os trabalhos dos homens livres em detrimento do trabalho dos servos e dos escravos, passando a existir então os termos artes liberais e artes servis.

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