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sábado, 25 de junho de 2011

A ARTE DO SÉCULO XIX: DO NEOCLASSICISMO E ROMANTISMO ATÉ O ECLETISMO (ZANINI)

ü Século XX – Brasil - momento mais desprovido de criatividade artística (situação política e econômica deficiente – época colonial)

ü Brasil não tinha autonomia artística – copiava de Portugal e da França

ü O desenvolvimento da arquitetura estava ligada as exigências práticas.

ü Período laico – diminui a influência e construção de igrejas.

ü Aspirações nacionalistas X realidade do país (necessidade de importar tendências da Europa)

ü Novos edifícios retomam o frontão, iniciando-se o estilo neoclássico.

ü Classicismo chega ao Rio de Janeiro através da Corte de Dom João.

ü A renovação da riqueza trará o pleno Neoclassicismo ao Recife, Belém do Pará, ao Rio de Janeiro e parte da Bahia, após a recessão econômica nos centros de mineração

ü Aparência do Brasil no século XIX = neoclássico de Portugal

ü Pintura – temas literários, históricos e militares – Direta influência da Academia Imperial de Belas Artes

ü 1816: Chegada da Missão Artística Francesa – artistas que foram exilados na Europa

ü Breton – trouxe sistema de ensino da academia européia ainda não usada em Portugal.

ü Brasil teve 2 imigrações artísticas maciças: marajoaras e artistas franceses

ü Foi a arquitetura, então ensinada, a arte que mais cedo obteve maior expansão e amadurecimento no país.

ü Predominaram na época colonial os dois sistemas: o da arte feita por escravos ou mestiços e homens humildes, em nível de artesão mecânico, e o da arte elaborada por monges e irmãos religiosos em estrutura herdada da Idade Média e baseada no respeito da fé. (artes servis e artes liberais)

ü O relacionamento da posição do artista na sociedade com a sua liberdade de criação teve neste caso importância para possibilitar aos pintores, escultores e arquitetos o exercício de uma atividade indispensável à absorção de algumas condições reais do século XIX.

ü Pintura, escultura e gravura – realizada em nível superficial e dependente de afluxos estrangeiros, artistas itinerantes e imigrados.

ü Artistas da missão – feição neoclassicista na arquitetura

ü Debret - Afasta-se dos princípios neoclássicos e começa a pintar o que vê nas ruas. Liberta-se do oficialismo e propenso a exercer uma das vertentes do pré-romantismo e Romantismo. Não elimina as imperfeições da natureza

ü Arte oficial de Debret - Pinturas com aspecto solene, cromatismo forte e uso do vermelho peculiar a artistas da França.

ü Penetrou em certos valores do cotidiano, do antropológico, da natureza.

ü A raiz da pintura de Debret revela um certo “davidismo”.

ü Sec. XIX na França, diminuição da pintura e escultura religiosa

ü A importância de Debret na cultura brasileira está na transição de um país luso-colonial para independente – afirmação publica e consciente da nacionalidade brasileira. Afasta-se dos princípios neoclássico de busca da beleza ideal. Não elimina imperfeições da natureza.

ü Importância de Debret para o Brasil: manifestou-se através da academia de ensino que tanto lhe deveu e através da pintura de história e da elaboração de retratos quase com significação alegórica ou menos ostentatória. Outra ficaria como de revelar a imagem do Brasil de um tempo de importante transição.

ü Debret contribuiu para que o Brasil tomasse consciência da sua realidade, a caminho das transformações. (abolição da escravatura)

ü Debret = pré-romantico.

ü Arquitetura do Neoclassicismo Brasileiro – aspecto purista e severo

ü Esta desenvolveu-se bem, com os discípulos de Grandjean e outros arquitetos e com os mestre de obra anônimos, marcada emblematicamente pelos frontões e as platibandas com vasos e estátuas ou apainelados sóbrios de retângulos ou mesmo simplesmente lisas.

ü O apuro das proporções é que valoriza essa grande fase do Neoclassicismo rigoroso no Brasil, fácil de ser observado no jogo dos grandes planos e superfícies retangulares. A introdução dos ritmos de colunas só se deu em palácios, teatros e outros edifícios monumentais.

ü O espaço interior admitiu nas casas ricas os típicos vestíbulos com escadarias e clarabóia..

ü A decoração mural foi procurada, através de pinturas cenográficas e de naturezas-mortas ou com ornatos pompeanos e utilizam-se ornatos de estuque nos tetos, variando do neoclássico ao ecletismo.

ü Os jardins só se transformaram com o nítido e forte influxo romântico do início da segunda metade do século, no domínio paisagístico.

ü Os frontões nas fachadas se expandiram de tal maneira que Morales de Los Rios Filho considerou exagero no uso.

ü Um destaque especial deve ser feito à arquitetura religiosa, que continuou a se expandir quantitativamente no século XIX, devido ao crescimento demográfico e urbano do país, adotando evidentemente, na maioria dos casos, o novo estilo classicista com a pureza que o caracterizou, embora longe do sentido da arte barroca que até então havia estabelecido a feição corrente da arquitetura sacra no país e alcançado bom nível de realização estética no Brasil.

ü O senso de beleza não ficou, todavia, ausente da construção de novas igrejas no Brasil. Ela se concentrou e se externou sobretudo através dos ritmos cadenciados das janelas e outros vãos e da conjugação de grandes planos lisos, dominados na fachada pelo uso do frontão triangular e coordenados no todo pela platibanda, geralmente lisa e com moldura simples.

ü A academia deu inicialmente mais importância ao que se denominava “pintura histórica”, incluindo a retratística em geral. Os estudos de anatomia artística cresciam de interesse e a representação da figura humana tornava-se o centro das artes, numa época de hierarquia de gêneros, que inferiorizava conceitualmente a pintura de paisagens que realmente se desenvolveu muito lentamente no país até a década de 1870.

ü O influxo e a presença dos europeus itinerantes foram durante vários decênios essenciais ao desenvolvimento da pintura da paisagem no Brasil do Oitocentos e conseqüentemente à difusão de uma base visual par ao lirismo dos românticos.

ü A cenografia foi uma das artes que no século XIX mais permitiu o pleno florescimento do Romantismo.

ü Em 1840, difundia-se na elite cultural brasileira a presença do Romantismo como forma de percepção e manifestação estética, isso perto de D. Pedro II, através de intelectuais tão amigos dele.

ü A arte da escultura iria desenvolver-se dentro de cânones neoclássicos e com maior razão e mais facilmente do que na arte da pintura.

ü Marcos Ferrez e Zeferino Ferrez serão os responsáveis pela difusão do ensino da escultura na Academia das Belas-Artes.

ü O indianismo de caráter mais intencional, filiado ao Romantismo, parece definir-se na escultura, sobretudo com Almeida Reis. Este marca uma virada estética na escultura brasileira. Coloca a figura de indígena como essência mais naturalista do que simbólica.

ü No Brasil esteticamente pouco profundo do século XIX a atividade de Almeida Reis marca uma autentica aproximação da ideologia romântica.

ü O academismo europeu se aproximara da lição de estatuária florentina dos séculos XV e XVI. Nesse final de século também se importam monumentos para as praças de cidades e para cemitérios do país, dominados por esse sentido ecleticista.

ü Em face da diminuição bastante grande de esculturas religiosas, essa arte custosa se rendia a encomendas oficiais, que estavam crescendo, destinadas aos espaços públicos, mas dificilmente aceitando experiências renovadoras e um estilo não conformista.

ü A gravura em metal e a xilografia desempenharam no mesmo século, entre nós, sobretudo as funções cartográficas ou no segundo caso, de ilustração de livros.

ü Coube a arte litográfica assumir um papel relevante no Brasil, tanto através de alguns retratos ou de imagens panorâmicas ou vistas urbanas, como no empenho engajado das publicações ilustradas.

ü A litografia prosseguia assim no Brasil do último quarto século, uma tarefa democrática, bem condizente com as suas possibilidades.

ü Linearismo “ingresco” – típico do neoclássico.

ü Grande parte dos litos de paisagem ou políticas se exprimiam, em outros artistas, com um traço solto e espontâneo, numa liberdade que se não foi conquista exclusiva do Romantismo, estava sendo consolidada por este movimento.

ü Pintura de paisagens e arte nos jardins (romantismo)

ü O movimento romântico atuou no Brasil graças a vinda de artistas europeus itinerantes, a importação de obras (pinturas, livros).

ü Rugendas – passagem da pintura clássica dos índios ao cromatismo do romantismo

ü A pintura de paisagem no Brasil vai ganhar grande impulso com a vida do alemão Jorge Grimm, ensinando na Academia Imperial de Belas Artes – desenvolveu o ensino ao ar livre.

ü O romantismo se externaria nos parques e jardins dos anos 60 e 70 em alto nível de criação.

ü A mutação estética que representava o início do realismo no Brasil seria superficial

ü Vitor Meireles e Pedro Américo eram do romantismo acadêmico já que certo convencionalismo dominava as soluções estéticas, compositivas e cromáticas.

ü Almeida Junior – marco divisório da pintura nacional – liberdade artística, aproximação de assuntos populares.

RESUMO TEXTO DE REYNOLDS

Segundo o autor os termos neoclassicismo e romantismo foram utilizados para descrever duas correntes das artes visuais que vão aproximadamente de 1750 até 1850.

O neoclassicismo foi o ressurgimento da Arte da Antiguidade Clássica, em específico da Grécia e Roma, e assumia uma reação a postura exuberante do Barroco e a superficialidade do Rococó. Os artistas buscam aperfeiçoar o mundo através da razão e de um aguçado sentido moral, restabelecendo e readaptando modelos da Antiguidade greco-romana que consubstanciavam nobres virtudes.

Essas mudanças aconteceram em toda Europa e América, onde as obras adquiriram novas características como por exemplo, as delicadas curvas, espirais e volutas em C deram lugar a linhas retas, as superfícies trabalhadas em tessituras sensuais foram substituídas por formas esculturais polidas e macias, e os suaves tons pastel aplicados em pinceladas espessas e soltas deram a vez as cores fortes em contornos nitidamente definidos.

O novo estilo era conhecido na época como “o verdadeiro estilo” ou o “estilo correto”, e foi considerado um ressurgimento das artes. Que tinha algumas características gerais: retorno ao passado, pela imitação dos modelos antigos greco-latinos, academismo nos temas e nas técnicas, as regras ensinadas nas academias de artes, e arte entendida como imitação da natureza, num verdadeiro culto as teorias de Aristóteles.

O principal teórico do novo classicismo foi Johann Joachim Winckemann, que afirmava que a essência deste período era a nobre simplicidade e a serena grandeza das obras. E Anton Raphafael Mengs e Gavin Hamilton apoiava sua tese.

Mengs era um talentoso pintor palaciano; Hamilton era de origem escocesa, fora retratista em Londres na década de 1750. Sob a influencia das teorias de Winckelmann, da escultura antiga, do classicismo de Poussin e da pintura dos grandes mestres do renascimento, Hamilton e Mengs desenvolveram um estilo pictórico que foi uma das pedras fundamentais do Neoclassicismo.

Mengs pintou, O Parnaso, no teto da Villa Albani, em Roma, foi inspirada por desenhos que ele fez nas escavações de Herculano. Essa cidade e sua vizinha Pompéia tinha sido soterrada pela erupção do Vesúvio . As escavações ofereceram uma oportunidade sem precedentes para ver a arte e artefatos bem conservados da antiguidade. Mengs retratou as figuras paralelas ao plano pictórico, como num relevo esculpido, e rejeitou o espaço ilusionístico profundo e os estratagemas característicos da pintura mural Barroca.

As pinturas de Hamiltonn, nessa época , enfatizavam a correção arqueológica, descobertas em Herculano e Pompéia. Devido seu reconhecimento nacional e internacional, estava em posição para promover um novo estilo além das fronteiras de Roma.

Benjamin Westque se tornou membro da Real Academia na Inglaterra, em 1768, chegou a Roma para estudar as grandes obras de arte. Também foi receptivo as idéias de Winckelmann, que após três ano na Itália, levou consigo os princípios do novo estilo.

Jacques-Louis David foi treinado na Escola de Belas Artes de Paris. Ganhou o Prix de Rome, onde lhe permitiu estudar na Academia Francesa em Roma, onde foi influenciado tanto pelo mundo antigo quanto pelas interpretações modernas que lhe eram dadas. Tornou-se o principal pintor da movimento neoclássico, pintou o quadro Morte de Sócrates. Foi considerado o pintor da Revolução Francesa, mais tarde, tornou-se o pintor oficial do Império de Napoleão. Durante o governo de Napoleão, registrou fatos históricos ligados à vida do imperador. Suas obras geralmente expressam um vibrante realismo, mas algumas delas exprimem fortes emoções.

Nesta época se usava a iconografia cristã com o propósito de dotar um tema não religioso de nobreza e significação moral. Mas David com seu uso pessoal, fez dele um poder inovador, que o habilitou a dotar de significados contemporâneos as virtudes humanas da coragem, dedicação, fidelidade, patriotismo e sacrifício.

Ao mesmo tempo em que a representação de eventos da Antiguidade era impreguinada de uma mensagem moral para a sociedade da época, uma mudança fundamental estava acontecendo também na pintura histórica. Benjamin West estava envolvido em ambas: na primeira, através do papel que desempenhou no desenvolvimento do estilo que culminou em A morte de Sócrates, de David. Na segunda , através de sua originalidade na escolha de temas e da iconografia que empregou ao tratá-los. Do ponto de vista do século XX, é difícil avaliar a importância atribuída pelas pessoas do século XIX à pintura histórica, mas na época ela era qualificada como a mais nobre forma de arte.

West violou os padrões acadêmicos aceitos para um quadro histórico, que requeriam temas que fossem distantes em matéria de tempo e lugar, quando reproduziu um acontecimento ocorrido a onze anos antes e retratou seus participantes em indumentária e cenário de seu tempo. Os temas aceitáveis eram buscados na história greco-romana antiga, na mitologia e bíblia. Neste período o general James Wolfe comandava a guerra contra franceses e índios, quando derrtou Louis-Joseph Montcalm e conquistou a França para a Inglaterra. Sir Joshua Reynolds, presidente da Real Academia, que lecionara aos acadêmicos sobre a indumentária e os temas apropriados em pintura hidtorica, opôs-se inicialmente a idéias de West; entretanto quando viu a tela terminada, convenceu-se de que West conseguira retratar um evento de seu tempo em estilo grandiloquente, ou seja, o estilo apropriado a pintura histórica, chegou a conclusão que a tela ocasionaria uma revolução na arte. O impacto foi grande diante do público, de modo positivo, que mandou que fizessem reprodução para que ampliasse o público em todo mundo.

O Romantismo possuía uma visão de mundo contrária ao racionalismo que marcou o período neoclássico e buscou uma visão de mundo centrada no individuo, onde os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos.

Sendo assim, as diferenças entre ambas são: arte neoclássica tenta expressar valores universais e eternos, ao passo que a arte romântica é a própria sensibilidade do artista. A arte neoclássica é identificada pela razão, e a romântica, com sentimento e paixão. Em virtude de sua natureza subjetiva e de seu reconhecimento da autonomia do indivíduo, a arte romântica produziu uma mudança profunda nas atitudes em face da vida e na expressão artística dos séculos XVIII e XIX, que teve efeitos muito difundidos e duradouros.

O termo romantismo foi usado pela primeira vez na Inglaterra no século XVII, que vem dos romances e histórias de aventuras do período medieval. Tendo como algumas características gerais a valorização dos sentimentos e da imaginação, o nacionalismo, a valorização da natureza como princípios da criação artística e os sentimentos de presente tais como, liberdade, igualdade e fraternidade presente no Iluminismo.

Com a apresentação da tela de West, A morte de general Wolfe, que teve um efeito imediato, por causa das circunstancias, o que assegurou seu lugar no desenvolvimento da pintura romântica na Europa e mais tarde na França, constituía um novo e impressionante ponto de partida, que , pelo menos de momento, parecia ser estilisticamente um retrocesso. O tema da luta da humanidade contra a natureza, pela sobrevivência, em nível menos grandiloquente, teve também por pioneiro na Inglaterra outro artista que, como Benjamin West, viera das colônias. John Singleton Copley e Sir Joshua Reynolds, deixou a América pouco antes da eclosão da Revolução Americana, tornou-se membro da Real Academia. Copley seguiu West na elevação de um evento de sua época ao nível de pintura Histórica, ele deu ainda um passo mais adiante ao escolhaer um acontecimento que não era de significação histórica e política. Pintou uma cena de sua própria vida, estava nadando no porto e um tubarão comeu uma de suas pernas, retratou a cena de maneira grandiosa, introduziu em suas obras o tema da batalha humana comum pela sobrevivência contra elementos da natureza que, quarenta anos depois, seria adotado por Theodore Gericault, o primeiro grande pintor romântico francês do século XIX, com Abalsa da Medusa. Embora o tema do naufrágio seja coerente com o desespero romântico, o certo é que com este quadro Géricault fez-se eco da crítica ao regime, compadecendo-se dos sobreviventes e dos mortos no naufrágio ocorrido por culpa do governo. Sabe-se que sua obsessão chegou a levá-lo a falar com os sobreviventes nos hospitais e inclusive a fazer esboços dos mortos no necrotério. A doença, a loucura e o desespero passaram então a ser uma constante em seus quadros. O efeito do claro-escuro, que o pintor tanto admirava em Caravaggio, inspiraram-no a criar ambientes patéticos e de intenso sofrimento.

Com a morte de Gericault, em 1824, o mais importante pintor romantico era Eugene Delacroix que mostrava grande talento em sua imaginação poetica, domínio do desenho e composição. Principais características do estílo artístico de Delacroix, suas obras são marcadas pela grande expressão cromática, simbolismo, sentimentalismo e refinamento. Abordou temas exóticos, religiosos, cotidianos, políticos e históricos.

Delacroix rompeu com a convenção, que se inspirava tradicionalmente nas fontes literárias da Antiguidade, usando agora como fontes a história e os eventos de seu próprio tempo.

Embora Delacroix tenha sido reverenciado por artistas mais jovens, e alguns críticos reconhecessem sua importância como pintor, a aceitação oficial foi lenta, por causa da posição dos classicistas. Em 1830 começou obter certo favoritismo oficial e algumas encomendas governamentais foram feitas. Theophile Gautier, em sua critica do Salon, chamou Delacroix o verdadeiro filho deste século e profetizou que o futuro da pintura esta sendo realizado em suas telas. Além de pintor, delacroix, era escritor, ia além das questões da artee faz profundas observações sobre a sociedade de seu tempo.

Jean-Auguste-Dominique Ingres atuou na passagem do Neoclassicismo para o Romantismo, representou uma importante força na Academia em apoio a tradição clássica. Foi o principal rival de Delacroix. A rivalidade entre Ingres e Delacroix foi muito além da competição pessoal. Ela sintetizou a polaridade de longa data existente na Academia entre os poussistas, de um lado, que buscavam preservar a pureza de linha e do desenho e a tradição clássica consubstanciada na arte de Nicolas Poussin, e , do outro lado, os rubenistas, cuja fidelidade a cor e a técnica das massas de cores era exemplificada na obra de Peter Paul Rubens.

O pintor foi uma espécie de cronista visual da sociedade de seu tempo. Ingres acreditava que a tarefa primordial da arte era produzir quadros históricos. Ardoroso defensor da pureza das formas, ele afirmava, por exemplo, que desenhar uma linha perfeita era muito mais importante do que colorir. " A pincelada deve ser tão fina como a casca de uma cebola", repetia a seus alunos. Sua obra abrange, além de composições mitológicas e literárias, nus, retratos e paisagens, mas a crítica moderna vê nos retratos e nus o seu trabalho mais admirável. Ingres soube registrar a fisionomia da classe burguesa do seu tempo, principalmente no gosto pelo poder e na sua confiança na individualidade. Amante declarado da tradição. Ingres passou a vida brigando contra a vanguarda artística francesa representada pelo pintor romântico Eugène Delacroix, contudo foi Ingres, e não o retórico e inflamado Delacroix, o mais revolucionário dos dois. A modernidade de Ingres está justamente na visão distanciada que tinha de sue retratados, na recusa a produzir qualquer julgamento moral a respeito deles, numa época em que se consumava o processo de aliança entre a nobreza e a burguesia. O detalhismo também é uma das suas marcas registradas. Seus retratos são invariavelmente enriquecidos com mantos aveludados, rendas, flores e jóias.

Ingres pintou muitos temas da literatura e da antiguidade e criou muitas cenas de banhos e de harém que refletem sua atração pelo nu feminino, da qual tinha magistral domínio. Desenvolveu um rico vocabulário de figuras elegantes, que repetia frequentemente, com pequenas variações secundárias. Entre as mais importantes realizações de Ingres estava o aperfeiçoamento do estilo retratista desenvolvido por David. Seus retratos são complexos de sutis relações entre formas em duas ou três dimensões. Pele, rosto, braços e seios tendem a ser lidos em termos mais bidimensionais como essências separadas, ao passo que os objetos inanimados, que são numerosos e altamente detalhados, tendem a ser mais tridimensionais. A analise dos componentes formais desse ilusionismo buscado por Ingres é útil para entender sua interpretação do real e do ideal, preocupação que impregna toda a arte do século XX. Ele combina elementos de representação e abstração dentro de um estilo linear para criar uma união impar do real com o ideal. Enquanto para Gericault, o essencial para é como o estado de espírito do modelo se expressa em seu rosto, o qual, por conseguinte, ocupa a maior parte da tela. A pincelada espontânea e a cor fracionada aumentam a intensidade emocional da expressão do modelo. Ingres, por sua vez, concentra-se na forma na textura de tudo o que participa em seu quadro, o artista reparte a atenção entre a imagem principal e todos os outros objetos de sua composição.

Francisco de Goya suas produções artísticas incluem uma ampla variedade representativa de retratos, paisagens, cenas mitológicas, tragédia, comédia, sátira, farsa, homens, deuses e demônios, feiticeiros, e um pouco do obsceno. Era conhecido na Espanha como retratista, pintor histórico e pintor de obras para igrejas. Teve uma juventude turbulenta, adaptou-se as institruições palacianas e ascendeu a posição de pintor principal de Carlos IV, rei da Espanha. Em 1792, teve uma doença quase fatal, que o deixou surdo. Goya permaneceu em favor da corte e aí se manteu até 1824, quando perturbado pela agitação politica, deixou a Espanha e foi residir em Bordeaux. Ele foi influenciado pelas figuras monumentais das decorações dos tetos do Palácio Real em Madri.

Em suas obras , neste período, há uma representação franca e desassombrada das deficiencias fisicas e fraquesas psicologicas dos modelos em seus retratos de personalidades reais . Sua percepção penetrante e sua visão altamente pessoal do mundo, expressa em suas pinturas e gravuras, são o que identifica Goya a sensibilidade ramantica do príodo. A medida que a surdez aumentava sua arte tornava-se cada vez mais expressiva de um mundo pessoal feito de fantasia, conflito interior e sofrimento humano. Seu grande alcance e profundidade de consciencia são revelados nas gravuras. Em sua pintura mostrou-se receptivo aos eventos da epoca e disposto a expressa-los em sua obra.

O genio de Goya não se impos plenamente na cena mundial durante sua vida. Uma razão para isso foi o fato de ele ter se comportado cautelosamente, enquanto viveu e trabalhou como pintor da corte, para não fazer nada que pusesse em risco sua posição.

Pintura Romântica

De modo geral as pinturas do período do romantismo possuem algumas características: a aproximação das formas barrocas; composição em diagonal sugerindo instabilidade e dinamismo ao observador; valorização das cores e do claro e escuro; dramaticidade.

A pintura foi o ramo das artes plásticas mais significativo, foi ela o veículo que consolidaria definitivamente o ideal de uma época, utilizando-se de temas dramitico-sentimentais inspirados pela literatura e pela História. Procura-se no conteúdo, mais do que os valores de arte, os efeitos emotivos, destacando principalmente a pintura histórica e em menos grau a pintura sagrada.
Novamente a revolução Francesa e seus desdobramentos servem de inspiração; agora para uma arte dramática como pode ser percebida em Delacroix e Goya. Podemos dizer que este último, manifestou uma tendência mais politizada do romântismo, exceção para a época e que tornou-se valorizada no século XX.

As cores se libertaram e fortaleceram, dando a impressão, às vezes, de serem mais importantes que o próprio conteúdo da obra. A paisagem passou a desempenhar o papel principal, não mais como cenário da composição, mas em estreita relação com os personagens das obras e como seu meio de expressão.
O romantismo foi marcado pelo amor a natureza livre e autêntica, pela aquisição de uma sensibilidade poética pela paisagem, valorizada pela profusão de cores, refletindo assim o estado de espírito do autor.

As pinturas tinham como tema fatos da história nacional e contemporânea da vida dos artistas; Natureza revelando um dinamismo equivalente as emoções humanas e a mitologia Grega.

Arquitetura Romantica

A arquitetura do romantismo foi marcada por elementos contraditórios, fazendo dessa forma de expressão algo menos expressivo. O final do século XVIII e inicio do XIX forma marcados por um conjunto de transformações, envolvendo a industrilaização, valorizando e rearranjando a vida urbana. A arquitetura da época reflete essas mudanças; novos materiais foram utilizados como o ferro e depois o aço.

Ao mesmo tempo, as igrejas e os castelos fora dos limites urbanos, conservaram algumas característica de outros períodos, como o gótico e o clássico. Esse reaparecimento de estilos mais antigos teve relação com a recuperação da identidade nacional.
A urbanização na Europa determinou a construção de edifícios públicos e de edifícios de aluguel para a média e alta burguesia, sem exigências estéticas, preocupadas apenas com com o maior rendimento da exploração, e portanto esqueceu-se do fim último da arquitetura, abandonando as classes menos favorecidas em bairros cujas condições eram calamitosas.
Entre os arquitetos mais reconhecidos desse período historicista ou eclético, deve-se mencionar Garnier, responsável pelo teatro da Ópera de Paris; Barry e Puguin, que reconstruíram o Parlamento de Londres; e Waesemann, na Alemanha, responsável pelo distrito neogótico de Berlim. Na Espanha deu-se um renascimento curioso da arte mudéjar na construção de conventos e igrejas, e na Inglaterra surgiu o chamado neogótico hindu. Este último, em alguns casos, revelou mais mau gosto do que arte.

Escultura Romantica

A escultura romântica não brilhou exatamente pela sua originalidade, nem tampouco pela maestria de seus artistas. Talvez se possa pensar nesse período como um momento de calma necessário antes da batalha que depois viriam a travar o impressionismo e as vanguardas modernas. Do ponto de vista funcional, a escultura romântica não se afastou dos monumentos funerários, da estátua eqüestre e da decoração arquitetônica, num estilo indefinido a meio caminho entre o classicismo e o barroco.

A grande novidade temática da escultura romântica foi a representação de animais de terras exóticas em cenas de caça ou de luta encarniçada, no melhor estilo das cenas de Rubens. Não se abandonaram os motivos heróicos e as homenagens solenes na forma de estátuas superdimensionadas de reis e militares. Em compensação, tornou-se mais rara a temática religiosa. Os mais destacados escultores desse período foram Rude e Barye, na França, Bartolini, na Itália, e Kiss, na Alemanha.

Escultura Neoclássica

A escultura teve papel especial na vida artística do século XIX por motivos tanto práticos quanto estéticos. Os escultores neoclássicos podiam copiar modelos antigos de modo mais preciso , pois a natureza permanete da pedra possibilitou a sobrevivencia de maior número de originais gregos.

Em relação ao que os artistas do período procuravam estabelecer qualidades estéticas de verdade, pureza, e nobreza, como acreditavam existir nas obras da antiguidade. Além disso, esse restabelecimento fdas formas antigas tinha, também, um objeto ético – purificar a sociedade tanto quanto a arte. O escultor interpretaria as necessidades espirituais do homem, seus sentimentos mais refinados, até suas vagas aspirações, além de suas ideias de beleza moral e intelectual.

Na expressão das mais nobres aspirações do homem, combinaram-se elementos dos sentidos (o real) e da alma ( o ideal), um equilibrio harmonioso entre o espiritual e o sensual. Esses elementos não foram alcançados em todas as obras, mas procuravam expressar estes elementos.

A figura humana foi considerada a mais nobre das formas por ser a consubstanciação da maior criação de Deus, a alma humana. A estética da época sustentava que o veínculo mais apropriado para expressar a figura era a escultura. O nu estatuário em mármore era considerado uma expressão escultural da alma humana, e a escultura antiga, em razão da serenidade, da permanencia e da uniformidade de tom, era vista como modelo especialmente adequado para expressar as valores esprirituais e materiais que , na concepção do século XIX guiavam a sociedade.

As obras mostravam em geral alto nível de equilíbrio formal, com uma expressividade circunspecta e raros momentos de drama. Canova foi o mais bem sucedido na exploração de uma ampla gama de sentimentos e de formas mais dinâmicas, passando da tranqüila ingenuidade juvenil em peças como As três graças, até à violência desmedida no Hércules e Licas e no Teseu derrotando o centauro, e pesquisando outras regiões da emoção como o arrependimento, visível na patética Madalena penitente.

Dos materiais foram favorecidos o bronze e em especial o mármore branco, exatamente como na tradição antiga, mas, ao contrário de épocas anteriores, no Neoclassicismo o artista criador passou a empregar cada vez mais artífices auxiliares para realizarem a maior parte do trabalho técnico de transportar a forma para a pedra ou realizar a fundição a partir de um modelo de argila ou gesso que havia sido criado por ele, deixando que o mestre assumisse a escultura definitiva apenas em seus estágios finais de polimento e definição de detalhes, apesar de que esta fase seja de fato decisiva para obteção do efeito final da obra e exija a perícia superior da mão do mestre, e com isso tenham-se desenvolvido diversas técnicas mais eficazes de reprodução das obras.

Arquitetura Neoclassica

A transformação da arquitetura barroca para a arquitetura neoclássica em 1750 à 1900 aconteceu em meio a transformações sociais ocorridas com o iluminismo, com a revolução francesa, entre outras que garantiram novos ideais da época como a retomada a equilibrada e democrática antiguidade clássica, teve início na França e na Inglaterra.

A Arquitetura neoclássica foi produto da reacção antibarroco e anti-rococó, levada a cabo pelos novos artistas-intelectuais do século XVIII. Os Arquitectos formados no clima cultural do racionalismo iluminista e educados no entusiasmo crescente pela Civilização Clássica, cada vez mais conhecida e estudada devido aos progressos da Arqueologia e da História.

Algumas características deste movimento artístico na arquitectura são : Materiais nobres (pedra, mármore, granito, madeiras) ; Processos técnicos avançados ; Sistemas construtivos simples ; Esquemas mais complexos, a par das linhas ortogonais ; Formas regulares, geométricas e simétricas ; Volumes corpóreos, maciços, bem definidos por planos murais lisos ; Uso de abóbada de berço ou de aresta ; Uso de cúpulas, com frequência marcadas pela monumentalidade ; Espaços interiores organizados segundo critérios geométricos e formais de grande racionalidade ; Pórticos colunados ; Entablamentos direitos; Frontões triangulares ; A decoração recorreu a elementos estruturais com formas clássicas, à pintura rural e ao relevo em estuque ; Valorizou a intimidade e o conforto nas mansões familiares ; Decoração de carácter estrutural .

Pintura Neoclássica

A pintura do neoclassicismo desenvolve-se durante o final do século XVIII a partir de França, como reação aos excessos do barroco e do rococó, no contexto cultural do Iluminismo e da influência da Antiguidade Clássica, impulsionada pelas escavações das cidades da Roma Antiga, Pompeia e Herculano.

As alterações políticas da época, nomeadamente o término do absolutismo e a chegada da Revolução Francesa, levam a uma necessidade geral de ruptura com o passado próximo e com a sua estética associada, o barroco. Também a nova prioridade dada ao racionalismo e ao novo modo de percepção do mundo, que emerge com o Iluminismo, abala a fé religiosa e relega para segundo plano as temáticas artísticas relacionadas com o espiritual. Desaparecem quase por completo as cenas religiosas para dar lugar ao gosto pelo historicismo temas do cotidiano e ainda mitológicos.

A pintura neoclássica é uma pintura descritiva de forte realismo, onde o traço linear assume maior importância que a aplicação da cor . As cenas vivem da composição formal, são harmoniosas, os elementos possuem contornos bem definidos e são dispostos em planos ortogonais equilibrados. De um modo geral as figuras assumem uma postura rígida, onde a luz artificial direccionada (em foco) ajuda à criação de um ambiente teatral, resultando numa imagem sólida e monumental. Esta frieza, conseguida pelo artificialismo da composição, distancia o observador, tornando a pintura numa imagem simbólica.

A Paisagem Romantica - O Jardim Paisagistico Inglês

O Jardim, chamado à inglesa, é um dos elementos indispensáveis no Romantismo. É caracterizado por um arranjo paisagístico, simulando ou melhorando a natureza, onde se integra o edifício, bem como pavilhões puramente cenográficos, falsas ruínas e/ou pagodes. Surge nesta época como reação ao jardim geométrico, dito à francesa, de tradição barroca, tornando-se um reflexo da mentalidade romântica e do individualismo.

A interação essencial do homem com a natureza, a interrelação da natureza com os estados de espírito do homem e seu estético tornan-se bastante claras na tentativa dos artistas de expressarem sua sensibilidade em face do campo, em vez de uma imitação dele, e de revelarem um sentimento por lugares específicos, em vez da natureza como um todo. Essas preocupações estão presentes nas obras dos dois maiores paisagistas roamanticos da Inglaterra, J. M. W. Turner e John Constable.

As primeiras obras de turner seguiram a tradição paisagistica topográfica de representar fielmente lugares reais. Ele foi especialmente influenciado pelo pintor Claude lorrain e Richard Wilson.

Turner dedicou-se à pintura da paisagem com paixão, energia, força, interpretando seus temas de forma épica. Seus trabalhos transmitiam uma emoção extrema e foi considerado o ponto culminante da paisagem romântica. Uma de suas preocupações principais foi a aplicação da luz e sua incidência sobre as cores da maneira mais natural possível. Para tanto, dedicou-se intensamente ao estudo dos paisagistas holandeses do século XVIII, muito em voga naquela época na Europa. Em sua obra os motivos eram em geral paisagens, e o mar era uma constante nos quadros do pintor inglês.

Estudar a história da arte significa descortinar o ilimitado panorama das testemunhas visuais que nos foram legados por homens e povos que viveram sobre a terra desde milhares de anos atrás.

Construções, objetos utilitários, adornos, desenhos, pinturas... Um espetáculo continuo de sinais, formas, cores, por meio dos quais se exprimem o pensamento e a criatividade do gênero humano.

A disciplina privilegia as manifestações artísticas da cultura que nos é mais próxima e que faz parte da nossa tradição que são a da Europa e da Itália. Mas não se esquece de abrir algumas janelas para as artes americanas e outras.

Ao longo da disciplina e do tempo, acompanhamos etapas da história, que tiveram os seus grandes momentos de transformação marcados pela Revolução Industrial e Francesa. Mas temos também que acompanhar os ritmos próprios da história da arte, que viveu épocas caracterizadas por modelos e estilos específicos, como o período do Neoclassicismo e o Romantismo.

O século XIX foi de grandes transformações sociais , políticas e filosóficas. Sob o impulso da nova mentalidade iluminista, também as tendências artísticas mudaram rapidamente.

Durante a Revolução Francesa, que tinham modelos republicanos, e no período napoleônico, que se reportava aos modelos da idade imperial, assitia-se a volta dos idéias de beleza da Antiguidade Greco-romana. Por esse motivo o estilo recebeu o nome de neoclassicismo. Em contraposição a essa tendência surgiu o romantismo, que valorizava a imaginação e os sentimentos, a fantasia e o mistério. O movimento romântico procurou romper com a tradição acadêmica.

Os códigos arquitetônicos da Revolução Francesa e dos valores civis não é original, mas valoriza e atribui novos significados às formas antigas. A simplicidade e a grandiosidade das construções clássicas, o equilíbrio dos espaços, a simetria das massas arquitetônicas eram elementos extraídos de um grande passado histórico e podiam caracterizar tanto os ideais republicanos quanto a ambição imperial de Bonaparte.

O romantismo foi uma revolução visual, literária e espiritual. A palavra, a imagem e a musica expressam um modo particular de sentir e de pensar. Em reação ao racionalismo iluminista, se impuseram o senso da natureza espontânea e livre e a valorização dos sentimentos e das paixões.

Revolução e arte

Em 1978, vivia-se na França um monarquia , que valorizava o estilo rococó, a realeza encorajavam os pintores e artistas da época, porém o que eles não percebiam que muito de seus camponeses e trabalhadores com o apoio da classe média estavam insatisfeitos. Alguns desses homens da classe média como Robespierre, acreditava que a violência seria uma justificativa para melhor as condições e fazer a revolução, o que ele não sabia é que a violência destruiria até mesmo seu idealismo.

Assim a revolução francesa eclodiu em 1789 e com ela ruiu toda a aristocracia incluindo os artistas e pintores que se viram em outro rumo artístico, com novas exigências em termos de propaganda. Porém alguns desses artistas se sentiram a vontade com a nova ordem e um deles foi David, que se tornou um grande artista do neoclassicismo, pois viajara a Roma anos antes onde sofreu grande influencia. Com seu retorno a frança se tornou um grande artista e um propagandista do regime político.

Em seu quadro as sabinas ele faz referencia a situação política da queda da bastilha, porém não deixa de lado seu ardor pela cultura Greco romana, mostrando na obra roupagens e formas muito parecidas com as do período.

David se tornou propagandista dos revolucionários, pois seus ideais de elevados valores morais, juntamente com a arte clássica se ajustavam perfeitamente as feições políticas da época, assim como o senado de Roma defenderia a democracia, também o diretório restauraria na frança o direito a democracia. A natureza também foi adotada pelos neoclássicos como principio norteador.

A Revolução industrial

Já na Grã- Bretanha, o que ocorreu foi a chamada revolução Industrial, devido a descoberta de novos materiais para acionar as máquinas. Assim a Grã-Bretanha se tornou um império de manufaturas e os artistas se inspiraram nessa euforia.

Bonaparte foi um grande em relação ao apoio que recebia das artes (culto da personalidade em torno do seu romântico poder). Assim a obra de David, Napoleão cruzando os Alpes, foi algo que exarceba a característica romântica, pois trabalha o homem e a natureza frente a frente. Esse conflito percebemos na face tensa de Napoleão frente a forte imposição dos Alpes.

Conceitos importantes

Iluminismo

Muitos pensadores que viveram nos séculos XVII e XVIII acreditavam que a razão poderia iluminar o mundo e os seres humanos. Iluminar, nesse caso, tem o sentido de explicar, de “fazer compreender”, abrir a mente a as novas idéias. Esses pensadores foram chamados de iluministas, e o movimento que eles criaram recebeu o nome de Iluminismo ou Filosofia das luzes.

Muitos dos pensadores que participaram desse movimento viviam sob o Antigo Regime/monarquias absolutistas, em que o rei, a nobreza e o clero acumulavam poder e privilégios, e as pessoas não podiam dizer livremente o que pensavam. Os iluministas opunham-se a essa situação. Eram contrários ao autoritarismo dos reis, aos privilégios da nobreza e do clero, à intolerância religiosa e à falta de liberdade de expressão.

A razão era, para os iluministas, o valor supremo. Só por meio da razão, isto é, do ato de pensar, os homens poderiam alcançar o esclarecimento, a luz. A maioria das pessoas, segundo esses pensadores, vivia mergulhado na ignorância, na superstição e no fanatismo religioso: só a razão as esclarecida.

Os iluministas acreditavam que a razão devia penetrar em todas as atividades humanas, para destruir os preconceitos e a ignorância. Devia-se duvidar de tudo o que era aceito simplesmente porque havia sido assim sempre ou porque estava sendo dito por uma autoridade. Todo novo conhecimento devia estar aberto à critica.

Revolução Industrial

A Revolução Industrial foi um conjunto de mudanças profundas, iniciadas por volta de 1760, no modo de os seres humanos viverem, relacionarem-se e produzirem mercadorias. Antes da Revolução Industrial, as formas de produção predominantes nas cidades européias eram o artesanato e a manufatura.

A Revolução Industrial contribuiu para a consolidação do capitalismo – modo de produzir mercadorias que se baseia no trabalho assalariado e na busca do lucro. Formaram-se dois novos grupos sociais: a burguesia industrial (donos das matérias-primas, das fábricas e das máquinas ) e o operariado (que trocava sua força de trabalho e, conseqüentemente, aumento da produtividade, isto é, passou-se a produzir mais em menos tempo. Além disso, o trabalhador perdeu o conhecimento do processo de produção como um todo.

Revolução Francesa

A França do final do Séc. XVIII era o pais mais populoso da Europa e também um dos mais injustos.

Predominava na França o Antigo Regime, uma sociedade em que o clero e a nobreza tinham enormes privilégios e o rei apresentava-se como um representante de Deus na Terra (absolutismo de direito divino).

Naquela época, a sociedade francesa estava dividida em três Estados: o Primeiro Estado (o clero); o Segundo Estado (a nobreza) e o Terceiro Estado (camponeses, burgueses e trabalhadores das cidades). O rei, os outros nobres e o clero possuíam terras, poder e privilégios, como o de não pagar impostos. Já o Terceiro Estado pagava todos os impostos e sustentava com seu trabalho o Primeiro e o Segundo Estados. Isso gerava freqüentes protestos.

A Revolução Francesa teve por objetivo principal derrubar o Antigo Regime e instaurar um Estado democrático que representasse e assegurasse os direitos de todos os cidadãos.

A Revolução Francesa é considerada o mais importante acontecimento da história contemporânea. Inspirada pelas idéias iluministas, a sublevação de lema"Liberdade, Igualdade, Fraternidade"ecoou em todo mundo, pondo abaixo regimes absolutistas e ascendendo os valores burgueses. Foi à revolução burguesa, tendo vista a sua condição de destruidora da velha ordem em nome das idéias e valores burgueses e por conta da ideologia burguesa predominante durante praticamente todo processo revolucionário.

Arte Acadêmica

Entende-se como arte acadêmica a pintura e escultura produzidas sob a influência das academias européias do Século 19, nas quais muitos dos artistas recebiam seu treinamento formal.

É caracterizada pela tentativa de manter com rigor as regras formais, estéticas e técnicas do estilo das academias de arte. Uma das características gerais da pintura acadêmica é seguir os padrões de beleza da Academia de Belas Artes, ou seja, o artista não deve imitar a realidade, mas tentar recriar a beleza ideal em suas obras.

Fonte:

http://pt.wikipedia.org

http://www.algosobre.com.br/historia/revolucao-francesa-1789-1799.html

http://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/revolucao-francesa.htm

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20100111122721AAJQwJK

http://www.pitoresco.com.br