A ARTE DO SÉCULO XIX: DO NEOCLASSICISMO E ROMANTISMO ATÉ O ECLETISMO (ZANINI)
ü Século XX – Brasil - momento mais desprovido de criatividade artística (situação política e econômica deficiente – época colonial)
ü Brasil não tinha autonomia artística – copiava de Portugal e da França
ü O desenvolvimento da arquitetura estava ligada as exigências práticas.
ü Período laico – diminui a influência e construção de igrejas.
ü Aspirações nacionalistas X realidade do país (necessidade de importar tendências da Europa)
ü Novos edifícios retomam o frontão, iniciando-se o estilo neoclássico.
ü Classicismo chega ao Rio de Janeiro através da Corte de Dom João.
ü A renovação da riqueza trará o pleno Neoclassicismo ao Recife, Belém do Pará, ao Rio de Janeiro e parte da Bahia, após a recessão econômica nos centros de mineração
ü Aparência do Brasil no século XIX = neoclássico de Portugal
ü Pintura – temas literários, históricos e militares – Direta influência da Academia Imperial de Belas Artes
ü 1816: Chegada da Missão Artística Francesa – artistas que foram exilados na Europa
ü Breton – trouxe sistema de ensino da academia européia ainda não usada em Portugal.
ü Brasil teve 2 imigrações artísticas maciças: marajoaras e artistas franceses
ü Foi a arquitetura, então ensinada, a arte que mais cedo obteve maior expansão e amadurecimento no país.
ü Predominaram na época colonial os dois sistemas: o da arte feita por escravos ou mestiços e homens humildes, em nível de artesão mecânico, e o da arte elaborada por monges e irmãos religiosos em estrutura herdada da Idade Média e baseada no respeito da fé. (artes servis e artes liberais)
ü O relacionamento da posição do artista na sociedade com a sua liberdade de criação teve neste caso importância para possibilitar aos pintores, escultores e arquitetos o exercício de uma atividade indispensável à absorção de algumas condições reais do século XIX.
ü Pintura, escultura e gravura – realizada em nível superficial e dependente de afluxos estrangeiros, artistas itinerantes e imigrados.
ü Artistas da missão – feição neoclassicista na arquitetura
ü Debret - Afasta-se dos princípios neoclássicos e começa a pintar o que vê nas ruas. Liberta-se do oficialismo e propenso a exercer uma das vertentes do pré-romantismo e Romantismo. Não elimina as imperfeições da natureza
ü Arte oficial de Debret - Pinturas com aspecto solene, cromatismo forte e uso do vermelho peculiar a artistas da França.
ü Penetrou em certos valores do cotidiano, do antropológico, da natureza.
ü A raiz da pintura de Debret revela um certo “davidismo”.
ü Sec. XIX na França, diminuição da pintura e escultura religiosa
ü A importância de Debret na cultura brasileira está na transição de um país luso-colonial para independente – afirmação publica e consciente da nacionalidade brasileira. Afasta-se dos princípios neoclássico de busca da beleza ideal. Não elimina imperfeições da natureza.
ü Importância de Debret para o Brasil: manifestou-se através da academia de ensino que tanto lhe deveu e através da pintura de história e da elaboração de retratos quase com significação alegórica ou menos ostentatória. Outra ficaria como de revelar a imagem do Brasil de um tempo de importante transição.
ü Debret contribuiu para que o Brasil tomasse consciência da sua realidade, a caminho das transformações. (abolição da escravatura)
ü Debret = pré-romantico.
ü Arquitetura do Neoclassicismo Brasileiro – aspecto purista e severo
ü Esta desenvolveu-se bem, com os discípulos de Grandjean e outros arquitetos e com os mestre de obra anônimos, marcada emblematicamente pelos frontões e as platibandas com vasos e estátuas ou apainelados sóbrios de retângulos ou mesmo simplesmente lisas.
ü O apuro das proporções é que valoriza essa grande fase do Neoclassicismo rigoroso no Brasil, fácil de ser observado no jogo dos grandes planos e superfícies retangulares. A introdução dos ritmos de colunas só se deu em palácios, teatros e outros edifícios monumentais.
ü O espaço interior admitiu nas casas ricas os típicos vestíbulos com escadarias e clarabóia..
ü A decoração mural foi procurada, através de pinturas cenográficas e de naturezas-mortas ou com ornatos pompeanos e utilizam-se ornatos de estuque nos tetos, variando do neoclássico ao ecletismo.
ü Os jardins só se transformaram com o nítido e forte influxo romântico do início da segunda metade do século, no domínio paisagístico.
ü Os frontões nas fachadas se expandiram de tal maneira que Morales de Los Rios Filho considerou exagero no uso.
ü Um destaque especial deve ser feito à arquitetura religiosa, que continuou a se expandir quantitativamente no século XIX, devido ao crescimento demográfico e urbano do país, adotando evidentemente, na maioria dos casos, o novo estilo classicista com a pureza que o caracterizou, embora longe do sentido da arte barroca que até então havia estabelecido a feição corrente da arquitetura sacra no país e alcançado bom nível de realização estética no Brasil.
ü O senso de beleza não ficou, todavia, ausente da construção de novas igrejas no Brasil. Ela se concentrou e se externou sobretudo através dos ritmos cadenciados das janelas e outros vãos e da conjugação de grandes planos lisos, dominados na fachada pelo uso do frontão triangular e coordenados no todo pela platibanda, geralmente lisa e com moldura simples.
ü A academia deu inicialmente mais importância ao que se denominava “pintura histórica”, incluindo a retratística em geral. Os estudos de anatomia artística cresciam de interesse e a representação da figura humana tornava-se o centro das artes, numa época de hierarquia de gêneros, que inferiorizava conceitualmente a pintura de paisagens que realmente se desenvolveu muito lentamente no país até a década de 1870.
ü O influxo e a presença dos europeus itinerantes foram durante vários decênios essenciais ao desenvolvimento da pintura da paisagem no Brasil do Oitocentos e conseqüentemente à difusão de uma base visual par ao lirismo dos românticos.
ü A cenografia foi uma das artes que no século XIX mais permitiu o pleno florescimento do Romantismo.
ü Em 1840, difundia-se na elite cultural brasileira a presença do Romantismo como forma de percepção e manifestação estética, isso perto de D. Pedro II, através de intelectuais tão amigos dele.
ü A arte da escultura iria desenvolver-se dentro de cânones neoclássicos e com maior razão e mais facilmente do que na arte da pintura.
ü Marcos Ferrez e Zeferino Ferrez serão os responsáveis pela difusão do ensino da escultura na Academia das Belas-Artes.
ü O indianismo de caráter mais intencional, filiado ao Romantismo, parece definir-se na escultura, sobretudo com Almeida Reis. Este marca uma virada estética na escultura brasileira. Coloca a figura de indígena como essência mais naturalista do que simbólica.
ü No Brasil esteticamente pouco profundo do século XIX a atividade de Almeida Reis marca uma autentica aproximação da ideologia romântica.
ü O academismo europeu se aproximara da lição de estatuária florentina dos séculos XV e XVI. Nesse final de século também se importam monumentos para as praças de cidades e para cemitérios do país, dominados por esse sentido ecleticista.
ü Em face da diminuição bastante grande de esculturas religiosas, essa arte custosa se rendia a encomendas oficiais, que estavam crescendo, destinadas aos espaços públicos, mas dificilmente aceitando experiências renovadoras e um estilo não conformista.
ü A gravura em metal e a xilografia desempenharam no mesmo século, entre nós, sobretudo as funções cartográficas ou no segundo caso, de ilustração de livros.
ü Coube a arte litográfica assumir um papel relevante no Brasil, tanto através de alguns retratos ou de imagens panorâmicas ou vistas urbanas, como no empenho engajado das publicações ilustradas.
ü A litografia prosseguia assim no Brasil do último quarto século, uma tarefa democrática, bem condizente com as suas possibilidades.
ü Linearismo “ingresco” – típico do neoclássico.
ü Grande parte dos litos de paisagem ou políticas se exprimiam, em outros artistas, com um traço solto e espontâneo, numa liberdade que se não foi conquista exclusiva do Romantismo, estava sendo consolidada por este movimento.
ü Pintura de paisagens e arte nos jardins (romantismo)
ü O movimento romântico atuou no Brasil graças a vinda de artistas europeus itinerantes, a importação de obras (pinturas, livros).
ü Rugendas – passagem da pintura clássica dos índios ao cromatismo do romantismo
ü A pintura de paisagem no Brasil vai ganhar grande impulso com a vida do alemão Jorge Grimm, ensinando na Academia Imperial de Belas Artes – desenvolveu o ensino ao ar livre.
ü O romantismo se externaria nos parques e jardins dos anos 60 e 70 em alto nível de criação.
ü A mutação estética que representava o início do realismo no Brasil seria superficial
ü Vitor Meireles e Pedro Américo eram do romantismo acadêmico já que certo convencionalismo dominava as soluções estéticas, compositivas e cromáticas.
ü Almeida Junior – marco divisório da pintura nacional – liberdade artística, aproximação de assuntos populares.
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